O Que é Movimento Zeitgeist

O Que é Movimento Zeitgeist

O Movimento Zeitgeist não é um movimento político. Ele não reconhece nações, governos, raças, religiões, credos ou classes. Nossos entenderes nos levam à conclusão de que essas distinções são falsas e ultrapassadas, e estão longe de ser fatores positivos para o verdadeiro potencial e crescimento humanos coletivos. Suas bases estão na divisão do poder e estratificação, e não na união e igualdade – nossos objetivos. Embora seja importante compreender que tudo na vida é uma progressão natural, devemos também reconhecer o fato de que a espécie humana tem a capacidade de retardar drasticamente e paralisar o progresso através de estruturas sociais obsoletas, dogmáticas e, por conseguinte, em desarranjo com a própria natureza. O mundo que vemos hoje, cheio de guerras, corrupção, elitismo, poluição, pobreza, epidemias, abusos aos direitos humanos, desigualdade e crime, é o resultado desta paralisia.

Este movimento tem a ver com a conscientização em defesa de um progresso evolucionário fluido, tanto pessoal como social, tecnológico e espiritual. Ele reconhece que a espécie humana está num caminho natural para a unificação, oriundo de um reconhecimento comunal de compreensões fundamentais e quase empíricas de como a natureza funciona e de como nós, enquanto humanos, nos encaixamos/somos parte deste desdobramento universal que chamamos de vida. Embora esse caminho exista, ele infelizmente está obstruído e é desconhecido pela grande maioria dos seres humanos, que continuam a perpetuar modos de conduta e associações ultrapassados e, portanto, degenerativos. É essa irrelevância intelectual que o Movimento Zeitgeist espera superar por meio da educação e de ações sociais.

O objetivo é revisar nossa sociedade mundial de acordo com o conhecimento atual em todos os níveis, não apenas conscientizando sobre as possibilidades sociais e tecnológicas que muitos foram condicionados a pensar serem impossíveis ou contra a “natureza humana”, mas também para fornecer meios de superar esses elementos que perpetuam estes sistemas obsoletos na sociedade.

Uma importante parceria, da qual se originam muitas das ideias deste movimento, vem de uma organização chamada “Projeto Venus”, dirigida pelo engenheiro social e projetista industrial Jacque Fresco. Ele trabalhou por quase toda a sua vida para criar as ferramentas necessárias para auxiliar na concepção do mundo que poderia eventualmente erradicar as guerras, a pobreza, o crime, a estratificação social e a corrupção. Suas ideias não são radicais ou complexas. Elas não exigem uma interpretação subjetiva durante a sua formação. Nesse modelo, a sociedade é criada como um espelho da natureza, com as variáveis predefinidas, inerentemente.

O movimento em si não é uma construção centralizada.
Não estamos aqui para conduzir, mas para organizar e educar.

 

SINOPSE

Uma mudança social fluida só pode se concretizar com o encontro de duas condições. Primeiro, o sistema de valores humanos, que consiste de nossos entenderes e crenças deve ser atualizado e alterado através de educação e introspecção cuidadosa. Segundo, o ambiente ao redor desse sistema de valores deve mudar para apoiar a nova visão de mundo. A interação entre o sistema de valores de uma pessoa e seu ambiente é o que influencia o comportamento humano.

Por exemplo, na nossa cultura a “ética” é de fato uma coisa relativa, visto que o nosso sistema social promove e recompensa competição e interesse próprio. Essa perspectiva não só “leva” a desvios de comportamento... como o cria diretamente. A corrupção é a norma na nossa sociedade e a maioria das pessoas não vê isso, porque enquanto a sociedade apoiar esse comportamento, ele será considerado certo e normal... ou uma coisa relativa.

Partindo dessa compreensão, existe uma falácia que surgiu na qual certos grupos são taxados de “corruptos” enquanto os demais são “bons”. Essa é a velha visão de mundo “nós e eles” que não tem base empírica alguma, uma vez que, novamente, é uma coisa relativa.

Por exemplo, existe um grande movimento de pessoas que estão constantemente falando sobre a “Nova Ordem Mundial” e essa ideia de que há uma elite de pessoas que estiveram tentando dominar o mundo por um longo tempo e manipularam a sociedade de várias maneiras para levar os seus objetivos adiante.

Isso, certamente, é verdade até certo ponto.

PORÉM, o erro de percepção é que esse “grupo” não é um grupo coisa nenhuma. É uma tendência.

Se você tirasse todas as pessoas do topo envolvidas no comando hegemônico global, seria apenas uma questão de tempo até outro grupo entrar em cena e buscar pela mesma ambição. Portanto, o problema não está no indivíduo ou em grupos. Na verdade, está nas condições sob as quais essas pessoas foram acostumadas e doutrinadas. Como seriam de esperar, muitos criticam essa visão com a noção escapista de que é a “natureza humana” que causa essa competição e necessidade de dominância. Isso é incompatível com os fatos. Na realidade, somos quase folhas em branco quando nascemos e é o nosso ambiente que dá forma a quem somos e como nos comportamos.

Por isso, para que uma VERDADEIRA mudança ocorra, devemos passar menos tempo lutando contra os produtos dessa estrutura social doente e mais tempo tentando mudar as raízes do problema. Por mais difícil e intimidador que possa ser pensar dessa forma, esse é o único jeito de mudar o nosso mundo para melhor.

Nós podemos continuar a pisar nas formigas quem saem debaixo da geladeira, mas enquanto não removermos a comida estragada detrás dela, elas simplesmente não vão parar de vir de lá.