Postado por 2012aeradeouro, em 17 de junho de 2013.
Não se pode tapar “o sol com a peneira” pois os efeitos da inflação no Brasil são evidentes em todos os setores da economia. Os efeitos colaterais começam a pipocar de forma violenta nos principais Estados do país e podem se estender para os demais se algo de sério e concreto não fazerem urgentemente para estancar os avanços dos aumentos de preços que geram a inflação, que está sendo indigesta pelo povo brasileiro.
Observemos as grandes manifestações da população contra o aumento das passagens do transporte coletivo. Cenas de repressão violenta por parte das policias dos Estados contra os manifestantes semelhantes às cenas da ditadura de 1964. Estas lamentáveis cenas acontecendo em plena democracia, não se pode ir às ruas para fazer manifestação contra o aumento de preços, algo está errado. Que democracia é esta?
Isto é um grande reflexo da inflação no bolso dos trabalhadores. Ninguém suporta mais qualquer tipo de aumento por menor que seja, pois irá causar um grande rombo no orçamento dos trabalhadores e da população em geral. A inflação que estão dizendo que é mínima, de 7,75% porém, este mínimo não é reposto aos salários que tem um peso muito grande no dia a dia do povo. O valor de compra da moeda brasileira (o real) está a cada momento se deteriorando, frente ao descontrole das constantes desvalorizações do dólar frente ao real e consequentemente vêm os aumentos de preços, fraco desempenho do crescimento econômico e resulta na inflação.
O mais preocupante é que o governo federal e os estaduais em vez de agirem com austeridade para controlarem o avanço inflacionário. Agem com rigor e violência CONTRA A POPULAÇÃO que não quer mais um Brasil inflacionado. Tudo indica que a perda de controle da inflação é notável, mas sempre procuram passar uma tranquilidade falsa e incontrolavelmente os efeitos aparecem através do povo reagindo e alertando, gritando para o Brasil e o mundo que não suportam mais esta situação. O povo precisa de: dignidade, liberdade para fazer manifestações livres, respeito humano e não de violência sem limites.
Os senhores governantes do Brasil, não pode esquecer que vivemos uma democracia e não uma ditadura violenta. Quem está no comando age autoritariamente ao desrespeitar a Constituição Federal e impor suas ordens violentas. A partir daí se pode: bater, ferir, matar, prender, sequestrar e violentar em nome de decretos violentos que ferem a dignidade humana.
Numa democracia todos os nossos direitos devem ser respeitados segundo a nossa Constituição. Nós elegemos democraticamente todos que se encontram no poder. Não importa a sigla partidária todos foram eleitos pelo voto do povo. Agora este povo exige respeito, sobretudo segurança e repudiam qualquer ato violento.
Em vez de violência os governantes eleitos pelo voto popular deveriam dialogar sem limites com o povo que começou a se cansar com o peso da inflação e aumento de preços em todos os setores da economia brasileira. Em vez de cassetetes, ponta pés, bombas de efeitos moral e prisões.
Todos os governadores deveriam democraticamente, sentar a mesa com os representantes do povo e promover o diálogo, a paz para encontrar uma solução para este problema que afligem a todos. Além disso, o governo federal e sua equipe econômica devem pensar urgentemente em politicas sérias para conter a inflação e construírem a paz em nosso país.
DESPERTAR COLETIVO E MOVIMENTO ANTISISTÊMICO
Quando nossa consciência desperta sentimos um certo incômodo em relação à maneira como o mundo se movimenta ao nosso redor. Portanto, os movimentos de insubordinações que atualmente se manifestam em diversos lugares do mundo refletem um sentimento generalizado de injustiça e a possibilidade de que um DESPERTAR COLETIVO possa intensificar as reações de rechaço que temos visto até agora.
A lógica de produção capitalista está fazendo com que percamos o controle de nossas vidas e é hora de recupera-la. O movimento mundial tem emergido como uma encruzilhada de todas as lutas: a luta contra o despojo de bens materiais, de terras, de formas de viver, da capacidade de decidir. É um movimento que convoca a todos os que se sentem despossuídos.
Acredito que todas essas manifestações de caráter pacífico tendem a finalmente nos levar à um ponto de partida viável para que homens e mulheres se atrevam a experimentar a construção de outra civilização baseada na solidariedade, ou seja, um “novo mundo” onde poderemos experimentar a criação de sentido humano da existência, recuperar o sentido vital da terra e a sustentabilidade da produção para o consumo, a poder ensaiar novas formas de utilizar e cuidar os recursos naturais, e deste modo possamos mudar e orientar nossas estratégias até a construção de um novo paradigma de desenvolvimento e experimentar um processo civilizatório baseado no COMPARTILHAMENTO, na VIDA, e não na exploração como tem feito o atual sistema.
No livro “A Potência dos Pobres” de Jean Robert e Majid Rahnema, podemos fazer uma boa reflexão a respeito do verdadeiro significado epistemológico da pobreza e da riqueza. É um livro que não nos deixa inferentes e que faz pensar em torno da diferença que existe entre um homem de poder e um ser com potência. O poder corrompe, mas, a falta de poder (entendendo este como a potência revolucionária que existe em cada ser humano) corrompe ainda mais.
Que a liberação de nosso grito faça transgredir o velho e transcender o novo!
EXCELENTE DESPERTAR À TODOS!
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