O projeto denominado High Frequency Active Auroral Reserach Program (HAARP), começou com o título de “experimento científico de comunicação” e hoje está enquadrado na característica de “Estratégia/Inteligência Tática/Guerra Eletrônica”. O objetivo seria o estudo da camada da atmosfera conhecida como Ionosfera. Hoje, sabe-se que a ionosfera é uma camada de Plasma (o quarto estado da matéria e a susbtância mais comum que compõe o Universo conhecido).
Esse estado é difícil de ser produzido e controlado em laboratório. Assim, a existência desta camada na Terra é uma excelente fonte de pesquisas e, claro, de “testes”. Infelizmente, existem várias possibilidades com este projeto.
A ionosfera tem a capacidade de permitir comunicações de longo alcance em alta e baixa frequências, principalmente utilizada em sistemas militares e de vigilância.
O Sol tem um efeito considerável sobre esta camada, através do “vento” solar (sun flares) e ejeção de massa coronal (CME´s), as popularmente conhecidas “tempestades solares”, sendo capaz de provocar o total aniquilamento da comunicação via ondas eletromagnéticas (EM) em todo o planeta (vide o evento ocorrido em 03.08.1997, onde um “blackout” eletromagnético parou quase todos os EUA).
Outros fenômenos causados pela atividade solar são as “auroras” (eletrojatos ou “eletromotos”) que podem alcançar a potência de milhões de ampères (intensidade de corrente elétrica) e provocar vários fenômenos, induzindo esta fantástica corrente elétrica através das “linhas de força” que formam a matriz (grid) eletromagnética terrestre.
Estes efeitos podem provocar desde mudanças no clima (com tempestades, furacões, relâmpagos) até mudanças no comportamento humano sob influência do forte efeito eletromagnético (EMI – Eletro Magnetic Interference). Modernas simulações realizadas em computadores da série Cray demonstram a enorme variação e turbulência que ocorre na Ionosfera durante uma “tempestade geomagnética solar”.
Enfim, se algo ou alguém pudesse controlar estes eventos, teríamos um poderoso instrumento capaz de alterar o clima em certas regiões, eliminar o sistema de comunicação de um país e induzir a comportamentos “estranhos” na população e o aniquilamento de equipamentos militares eletrônicos através de Pulsos Eletromagnéticos (PEM) controlados.
Mas o mais “curioso” e ao mesmo tempo assustador é que esse tipo de equipamento possibilita a utilização de transmissões/emissões de ondas eletromagnéticas de baixa freqüência / comprimento longo (ULF-ELF-VLF) é possível se detectar, mapear e gerar imagens de estruturas subterrâneas e inclusive criar um sistema de comunicação subterrânea que não é afetado por qualquer tipo de atividade de superfície.
Isto seria feito invertendo-se as propriedades dos campos eletromagnéticos para se obter parâmetros geofísicos e imagens realísticas abaixo da superfície terrestre, com o objetivo principal de mapear estruturas feitas pelo homem ou artificiais.
Bem, este assunto pode implicar em muitos desdobramentos que não entrarei em detalhes, mas, para reflexão, lembro que recentemente os EUA desenvolveram uma arma capaz de destruir instalações subterrâneas a grande profundidade.
Quanto ao fato de tal dispositivo poder provocar terremotos seria uma possibilidade, pois o som é uma frequência que quando direcionada, potencializada e em estado “ressonante” com a estrutura que se deseja atingir, pode provocar o total aniquilamento de tal estrutura como se esta fosse feita de material frágil.
Mas, aí seria outro tipo de onda eletromagnética não ionizante (talvez uma faixa de microondas – SHF ou EHF). Sempre que me perguntam a respeito, lembro-me do filme protagonizado pelo ator Steve Seagal Força em Alerta 2, em que um cientista dissidente inventa um satélite capaz de gerar pulsos localizados de micro-ondas e assim provocar terremotos.
Teoricamente é possível produzir terremotos ou pontos de ruptura por microondas, através da expansão das moléculas de água do interior das rochas. Se alguém já conseguiu fazer isto, não sei.
Pelo que pesquisei, é possível que Nichola Tesla tenha desenvolvido um dispositivo parecido e tenha se espantado com seu poder e assim tratou de destruí-lo e esconder as anotações que mais tarde foram confiscadas pelo governo norte-americano, o qual provavelmente pode ser o responsável pela sua morte.
Alguns acreditam que o evento de Tunguska em 1908 foi o resultado de um teste realizado com o equipamento de Tesla, conduzindo uma carga eletromagnética através da Ionosfera. O objetivo de Tesla seria o de testar um sistema de comunicação de baixo custo que circulasse o Planeta.
Outro dado interessante é que os efeitos eletromagnéticos estão ligados ao desenvolvimento da Magneto-Hidrodinâmica (MHD), muito pesquisada pela Marinha como sistema de propulsão de seus submarinos das classes Los Angeles e Califórnia (ambos nucleares). Como sabemos, a propagação de ondas eletromagnéticas na água é prejudicada e, por isso, a transmissão entre bases na superfície e submarinos em águas profundas é feita através de ondas ELF.
Curiosamente, um episódio da série de tevê Arquivo X tratou especificamente desse efeito, que causava nas pessoas próximas de transmissores ELF da Marinha, uma irresistível vontade de ir numa direção específica de acordo com a propagação eletromagnética, como se estivesse seguindo um sinal. Quanto mais a pessoa andava na velocidade da onda, melhor se sentia, e se parasse, tinha dores terríveis até morrer, com a “implosão” dos centros receptores do cérebro.
Esse episódio foi baseado em fatos reais! O seguinte link mostra uma comunicação endereçada ao DoD (Departament of Defense) dos EUA, pedindo o término imediato de projetos baseados em ELF em áreas civis:
https://www.fas.org/spp/starwars/congress/1998/s980625-dod-elf.htm
Veja o parágrafo que trata de riscos para a saúde pública.
Recentemente, o Senado dos EUA aprovou uma verba de US$ 140 milhões para o programa de Guerra Eletrônica das Socom (Special Operations Command); nelas estão incluídos os escudos antimísseis Asat (Army Tactical Anti-Satellite Technologies) e Haarp. Também em data recente, o governo dos EUA liberaram bilhões de dólares para desenvolver novas armas para ganhar as guerras do novo século, segundo um alto funcionário do Departamento de Defesa. Estas armas não serão canhões, bombas ou balas, mas sim, um polêmico escudo antimísseis, cujo projeto e desenvolvimento devem custar US$ 7,9 bilhões. |
Funcionários do Departamento de Defesa explicaram que estas novas armas são lasers de alta energia, sistema de microondas e aeronaves cibernéticas, muitas das quais atuarão sem tripulantes, as denominadas UAV (Unmanned Aerial Vehicle), RPV (Remotely Piloted Vehicle) e Ucav (Uninhabited Combat Air Vehicle).
O Projeto Haarp está sob coordenação da Usaf através da Universidade do Alasca (https://www.haarp.alaska.edu/) e da UsNavy através do Naval Research Laboratory (https://server5550.itd.nrl.navy.mil/projects/haarp/index.html).
Um dos melhores lugares para se obter informação confiável (ainda e por enquanto) é o site da Federation of American Scientists (FAZ) https://www.fas.org, uma espécie de National Rifle Association (NRA) da ciência, daí seu forte poder de união e divulgação. É uma entidade de pesquisa séria e respeitada na comunidade científica.
Um ótimo link para se conhecer os projetos americanos é o do Intelligence Programs and Systems, em https://www.fas.org/irp/program/list.htm, e também o do Intelligence Collection Programs and Systems em https://www.fas.org/irp/program/collect/