14.10.2011 - O pré-candidato republicano à eleição presidencial de 2012 nos Estados Unidos Mitt Romney declarou nesta sexta-feira que Deus criou os Estados Unidos para que o país liderasse o mundo e acusou o presidente democrata Barack Obama de enfraquecer voluntariamente o país.
Romney buscou fortalecer suas credenciais como potencial comandante-em-chefe das Forças Armadas, no momento em que as pesquisas o colocam em primeiro lugar nas intenções de voto entre os pré-candidatos republicanos e em forte disputa com Obama para a eleição de novembro de 2012.
"Deus não criou este país para que fosse uma nação de seguidores. Os Estados Unidos não estão destinados a ser um dos vários poderes globais em equilíbrio", disse Romney em seu discurso de campanha mais importante sobre política externa.
"Os Estados Unidos devem conduzir o mundo ou outros o farão", acrescentou, afirmando que o planeta seria mais perigoso se Washington não tivesse um papel de liderança. O pré-candidato republicano pronunciou este discurso no aniversário de dez anos do início da intervenção americana no Afeganistão.
"Deixem-me ser claro: como presidente dos Estados Unidos, eu me dedicarei a um século americano", afirmou. "Nunca, jamais, pedirei perdão em nome dos Estados Unidos", afirmou Romney rodeado por cadetes do Citadel, um colégio militar da Carolina do Sul.
O local escolhido para o discurso não foi por acaso. A Carolina do Sul é um dos primeiros estados a ter primárias, em janeiro, e é crucial para as pretensões de Romney. Segundo uma pesquisa da Universidade de Quinnipiac divulgada nesta semana, o ex-governador de Massachusetts continua à frente na corrida republicana, com 22% dos votos, contra 17% do empresário Herman Cain e 14% do governador do Texas, Rick Perry.
Num eventual confronto com Obama, Romney também sairia na frente. De acordo com a pesquisa, ele tem 46% das intenções de voto, quatro pontos à frente do presidente americano.
No discurso, Romney classificou os esforços de Obama para melhorar a imagem dos Estados Unidos como um "tour de desculpas" e acusou o governo de enfraquecer o papel do país.
- Ao mesmo tempo em que deveríamos trabalhar com outras nações, nós sempre nos reservamos o direito de agir sozinhos para proteger os interesses vitais do país- continuou o republicano. - Quando a América está forte, o mundo fica mais seguro.
O ato na Carolina do Sul foi interpretado como um passo de Romney para ganhar terreno em política internacional, um campo em que Obama tem mais experiência que qualquer outro candidato republicano. A campanha, no entanto, caminha mais para assuntos internos, como imigração e economia, do que externos.
Fonte: Terra noticias