Data: 28/08/2012

De: Luiz Paulo Pieri

Assunto: Publicação do texto abaixo

LEIAM O TEXTO ABAIXO SOBRE O FIM DO MUNDO EM 2012

EXCERTOS DO LIVRO “OH MY GOD!”, de LUIZ PAULO PIERI

- Não sei explicar, respondeu-me, mas uma coisa é certa, as guerras, principalmente as guerras santas, são indícios muito fortes de que o homem tende a maltratar os seus, a si próprio e a seus semelhantes e as aparições de OVNIs nos mostram que não estamos sozinhos no Universo. Talvez sejam os espectadores dessa sangrenta profecia, observou, demonstrando, novamente, uma pontinha de ironia em suas colocações.
Eu sabia que em Alto Paraíso estava sendo organizada uma grande festa para a espera do eclipse e o alinhamento dos planetas, embora muitos fanáticos esperassem o contrário, como o fim do mundo.
- Tudo isso me aterroriza, Paulão. Não o medo do fim do mundo, mas o medo da histeria, da insensatez e do desespero das criaturas, diante do fenômeno que ocorrerá amanhã, disse-lhe.
- Arthuro, porque você não aproveitou a sua futura condição de "viajante das galáxias" e pediu um espaço na mídia para falar sobre tudo isso. Você poderia acalmar a população contando aquela história do Kepller?, aconselhou-me.
- Que história do Kepller?, perguntei atônito.
- Aquela sobre o verdadeiro ano do nascimento de Jesus Cristo, respondeu.
"Ah, sim, agora entendi." Paulão se referia a Joannes Kepller e suas teorias astronômicas, inclusive de suas pesquisas em torno do nascimento de Jesus Cristo, o que daria para acalmar os desesperados, porque segundo seus estudos já estaríamos no ano 2005, o que faz cair por terra qualquer previsão do mundo acabar no fim do milênio.
- Agora me lembro Paulão, Em 1613 Kepller publicou o primeiro trabalho sobre a cronologia e o ano do nascimento de Jesus, em alemão e, ampliado, em Latim em 1614: De vero Anno, quo aeternus Dei Filius humanam naturam in Útero benedictae Virginis Mariae assumpsit (Sobre o Verdadeiro Ano em que o Filho de Deus assumiu a Natureza Humana no Útero da Sagrada Virgem Maria), disse-lhe, completando que neste trabalho ele demonstrou que o calendário Cristão estava em erro por cinco anos, pois Jesus tinha nascido no ano 4 antes de Cristo, uma conclusão atualmente aceita.
- Olhe só Paulão, o argumento de Kepller é que em 532 d.C., o abade Dionysius Exigus assumiu que Cristo nascera no ano 754 da cidade de Roma, correspondente ao ano 46 do calendário Juliano, definindo-o como o ano um da era cristã. Entretanto vários historiadores afirmavam que o rei Herodes, que faleceu depois do nascimento de Cristo, morreu no ano 42 do calendário Juliano. Deste modo, o nascimento ocorrera em 41 do calendário Juliano.
Agora, lembrando de Kepller veio-me a mente outras de suas façanhas como observar, em 17 de outubro de 1604 a nova estrela (supernova) na constelação de Ophiucus, junto a Saturno, Júpiter e Marte, que estavam próximos, em conjunção. A estrela competia com Júpiter em brilho. Kepller imediatamente publicou um pequeno trabalho sobre ela, mas dois anos depois publicou um tratado, descrevendo o decaimento gradual de luminosidade, a cor, e considerações sobre a distância que a colocava junto com as outras estrelas.
Em 1610, Kepller leu o livro com as descobertas de Galileu usando o telescópio, e escreveu um longa carta em suporte publicada como Dissertatio cum Nuncio Sidereo (Conversa com o Mensageiro Sideral).
Em agosto de 1610 ele usou um telescópio dado por Galileu ao duque da Bavária, Ernst de Cologne, para observar os satélites de Júpiter, publicando Narratio de Observatis Quatuor Jovis Satellitibus (Narração das Observações dos Quatro Satélites de Júpiter). Estes tratados deram grande suporte a Galileu, cujas descobertas eram negadas por muitos.
Os dois trabalhos foram republicados em Florença.
Kepller também estudou as leis que governam a passagem da luz por lentes e sistemas de lentes, inclusive a magnificação e a redução da imagem, e como duas lentes convexas podem tornar objetos maiores e distintos, embora invertidos, que é o princípio do telescópio astronômico. Estudou também o telescópio de Galileu, com uma lente convergente como objetiva e uma lente divergente como ocular.
- Porque não existem mais sábios lúcidos como Galileu Galilei, Johannes Kepller, Albert Einstein, da Vinci e tantos outros que sempre encararam a criação como algo muito maior do que imagina a vã filosofia terráquea, comentou Paulão.
- Hoje tudo é mais terrível, o homem vive por demais aterrorizado pelos inconseqüentes e pelos profetas apocalípticos que pintam Deus como um ser terrível, destruidor e vingativo, capaz de cometer atrocidades infames contra suas próprias criaturas, acentuei.
- Por isso não acredito em Deus, respondeu-me, afirmando ainda que se somando tudo isso à desesperança humana, o mundo parece realmente caminhar para sua própria destruição.
Exatamente, por isso, aquelas que tinha um pouco de noção do que aconteceria no dia 11 e que acreditavam em coisas boas para a nova era do ser humano, buscavam refúgio espiritual em Alto Paraíso, cidade que já havia sido propagada mundialmente como o único lugar da Terra que sobreviveria a hecatombe que estava por vir. Mas ninguém sabia, nem dizia como seria o fim do mundo. De que forma ele se daria.
- Se o mundo realmente fosse acabar, como você acha que isto aconteceria? - questionou Paulão.
- Cientificamente, com a aproximação de um astro gigante, com o super aquecimento do Sol ou a aceleração ou desaceleração do movimento da Terra. Isso seria possível, mas nenhum destas hipóteses foram em momento algum ventilada pelos pregadores do apocalipse, respondi.


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